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Alguns Registros
Históricos de Guarapari
Segundo consta registrado no Dicionário Geográfico do Brasil de Alfredo Moreira Pinto do ano de 1896 e, divulgado pela Imprensa Nacional, uma importante descrição e ao mesmo tempo e, muito interessante sobre o Município de Guarapari, que diz o seguinte:

Praça do Bradesco nos anos 50
“…Guarapary, cidade e município do Estado do Espírito Santo, termo da Comarca de seu nome, situada ao lado S (Sul),e próxima à entrada do porto do seu nome, em posição elevada, pittoresca, bem ventilada e por isso sadia, tendo a E (Leste) um majestoso rochedo pelo lado do mar, revestido de terra argilosa e carregado de árvores e arbustos, a que se denomina morro da Igreja, tendo no alto a risonha Matriz, de recente reconstrução e uma das mais belas Igrejas do Estado pela sua legana architectura, orago de N.S. da Conceição e diocese de S. Sebastião.Foi fundada em 1585 pelo Padre José de Anchieta, que, como muitos missionários vieram da Europa a fim de pregar o evangelho entre os índios. Nella, em 1677, levantou o Donatário Francisco Gil de Araújo uma igreja dedicada a N. S. da Conceição, que ali fazia muitos milagres no tempo primitivo, como o testemunhavam as paredes da mesma igreja. Esta igreja, que servia de Matriz da Freg.,acha-se hoje abandonada devido ao estado de ruínas a que chegou, sendo por isso necessário reconstruir a do SS. Coração de Jesus, que se acha servindo de matriz desde 21 de agosto de 1880. Foi elevada a Freguesia pelo Alvará de 11 de janeiro de 1655, sendo seus primeiros parochos os padres Antônio Esteves Ribeiro, Lucas Antônio de Araújo Neiva e José Nunes da Silva Pires. Foi elevada á categoria de Vila pela provisão de 1º de março do mesmo anno. O Mun. é regado pelos rios Guarapary, Una, Meahype, além de outros..”

Navio no canal de Guarapari. Ao fundo Prainha de Muquiçaba e Praia do Morro.
Travessia de balsa antes de ter a ponte.

Construção da segunda Ponte de Guarapari nos anos 80

Viação Guarapari fazia a linha Guarapari x Vitória.
Edward Wilberforce(Integrante da oficialidade da corveta de guerra Geyser que esteve no Espírito Santo na primavera de 1851 sob o comando do capitão de fragata Edward Tatham, em missão repressiva ao contrabando de africanos),em “OS INGLESES NA COSTA”, informa que em 1851,Guarapari era a Vila mais importante entre o Espírito Santo (Vila Velha) e o Rio de Janeiro. Que a “ancoragem ali era difícil, devido à ressaca permanente que sempre começa e nunca termina.” Afirma também que a fama de Guarapari era devido ao tráfego de escravos. Cita que os barcos de Harpy conseguiram interceptar um navio negreiro, rio acima, mesmo enfrentando a resistência da população e da tripulação do navio.
Cita também que nenhuma parte da vila era visível da baia e próximo à foz do rio avistavam-se poucas cabanas. Na época, os sinais de decadência eram latentes, a igreja e o convento no alto de um promontório à entrada do rio estavam muito estragados. Especialmente o convento coberto de ervas daninha e arbustos, dentro de suas paredes. “Ao lado desses dois edifícios ergue-se uma altíssima palmeira que, sendo a única do promontório, é visível a longa distância, servindo para indicar a posição de Guarapari a navios com destino aquele porto”.
Documentos também confirmam que até a construção da ponte, o porto recebia navios de grande calado usados para exportação das areias radioativas. Depois, o aterro de acesso à ponte, ligando Muquiçaba a Ilha das Gaivotas, cortou o fluxo da água, diminuindo seu volume, impedindo que os sólidos fossem empurrados para o alto mar, ficando depositados no fundo, diminuindo a profundidade do canal.


Vista do centro de Guarapari Muquiçaba ao fundo nos anos 50.

Inauguração da 1a Ponte de Guarapari.

AV Joaquim da Silva Lima anos 50 à direita a Escola Normal.

Praia das Castanheiras ao fundo a serra de Buenos Aires.
Um ano depois foram aprovadas as Posturas da Câmara Municipal da Vila de Guarapari, através da Lei nº. 12/1852, estabelecendo normas para a construção de casas, que deveriam medir 18 palmos de altura até o telhado, as portas 12 palmos de altura e 5 de largura e as janelas 7 palmos e meio de altura e o peitoril 5 palmos.
Em 1818, o Auguste Saint-Hilaire (1779 – 1853), chega a Meaípe. Diz que os caboclos locais gabavam -se de brancos, mas pareciam mestiços. Cultivavam pequenas lavouras e se dedicavam as pescas, vendendo o peixe seco para Vitória e Campos.
Em Guarapari descreveu a rua que dava acesso ao rio (Rua Direita atual Getúlio Vargas), dizendo ser larga e sem calçamento, com aproximadamente 300 casas cobertas de telhas, tendo nas portas e janelas “de sacadas”, grades de madeira, com telas de fibra vegetal. A Praça do Porto, que na época era chamada Praça Jerônimo Monteiro (atual Praça Trajano Gonçalves ou do Artesanato) era coberta de grama fina. Na Vila eram produzidos: cana de açúcar para fabricação de aguardente, arroz, feijão e mandioca. O comércio destes produtos faria com que Guarapari fosse mais importante que Itapemirim e Benevente (Anchieta).
Cita uma embarcação baiana que viera buscar farinha de mandioca e permanecia no porto á três meses, esperando completar a carga. A travessia para Muquiçaba era feita a nado ou por rústicas embarcações. A vegetação era de restinga e ao longe se avistavam imensas florestas. Que o sal branco como a neve, formado pela evaporação natural da água do mar nos buracos das pedras, era recolhido pelos habitantes.
Atravessando a floresta chegava-se a Perocão, com o rio do mesmo nome. Cita uma casa no alto de uma pequena montanha, de onde se avistava o mar e em sua volta os terrenos eram cultivados, existindo algumas casas de negros.
As margens da ribeira do rio Una haviam cabanas precariamente conservadas. Tanto o rio Perocão quanto a ribeira do Una, se atravessa por uma ponte. Comenta não ter visto nenhum Guará na região, devido ao impiedoso extermínio da espécie, por causa da procura das penas, dos ovos e da carne saborosa.
O núcleo inicial da povoação de Guarapari foi uma antiga taba dos índios Goitacás, onde Anchieta erigiu uma capela em honra a SANT’ANA, e a residência dos missionários. Em 1677, o donatário Francisco Gil de Araújo levantou a igreja de Nossa Senhora da Conceição.
A vila foi criada em 1679, com o nome da padroeira, cuja festa se comemora em 8 de dezembro. Tornou-se cidade em 1891. “Guara “Parim”(garça manca, em linguagem indígena),a antiga vila fundada pelo Padre José de Anchieta em 1585 é hoje o principal pólo turístico do Espírito Santo.
De acordo com estudos realizados no município de Guarapari a região possui areias monazíticas e, a radioatividade ambiental sempre foi maior do que os níveis normais, devido à presença, na superfície, de minérios contendo particularmente Tório e traços de Urânio. Durante muitas gerações os habitantes desse município já conviveram ao longo dos anos com uma radioatividade que alterou seus constituintes biológicos. Não que isso os prejudique ou venha prejudica-los, mas tornou-os resistentes a altos níveis de radiação, preparando dessa maneira as pessoas para superar no futuro o impasse da sua extinção como vida na Terra.

Praia das Castanheiras nos anos 50.

A ave Guará que originou o nome de Guarapari.

Praia das Castanheiras ao fundo no alto as Ruinas antigas na década de 50.
O professor Marcelo Barcinski,( doutor em Biofísica pela UFRJ. Criou a divisão de Medicina Experimental e a Pós-graduação em Oncologia no Instituto Nacional do Câncer. Especializado em Imunologia Celular e chefe do laboratório de Radiobiologia Celular do Instituto de Biofísica da UFRJ),afirma que foram realizados há muito tempo vários testes em seu laboratório, onde foram analisadas amostras sanguíneas da população de Guarapari e, que até o momento, apesar de o estudo estar sendo realizado há quase 10 anos, os resultados obtidos não são definitivos para afirmar qualquer coisa contrária quanto a exposição dessas pessoas a radioatividade ambiental. Se, por acaso, não se encontrar alterações, explica Marcelo, pode-se afirmar que pelo menos ao nível celular não há nenhuma consequência de se viver durante 10 anos numa área de radioatividade ambiental elevada. Se for positivo, o estudo deverá ser ampliado no sentido de serem procuradas as consequências dessas aberrações cromossômicas para o homem. Elas podem se manifestar no próprio indivíduo, ou na, sua segunda geração, se foram geneticamente transmissíveis. Então poderá ser feito um estudo de uma segunda geração de habitantes, em Guarapari.